Luís Maia e Ethel D´Assa Castel-Branco participarão no encontro de escritores da EUROBEC, na Feira do Livro de Badajoz
Um encontro de escritores para dar a conhecer o trabalho literário desenvolvido na Eurocidade Elvas-Badajoz-Campo Maior
No âmbito da Feira do Livro de Badajoz, irá decorrer no próximo dia 23 de maio de 2022, segunda feira, às 19h00 (portuguesas), um encontro de escritores da EUROBEC, para dar a conhecer o trabalho literário desenvolvido nesta região de fronteira, e que inclui a participação de Etelvina Castel-Branco, Nuno Franco Pires, Luísa Currito, Luís Maia, Cláudia Poeiras, Jorge Alves, Daniel Casado, Fran Serrano, Santiago Cambero y Anabel Rodríguez. Esta atividade decorrerá no espaço "DEHESA DE PAPEL", no Paseo de San Francisco, e conta com a colaboração das bibliotecas e equipas de cultura dos municípios de Badajoz, Elvas e Campo Maior.
Fonte: https://www.facebook.com/MunicipioElvas/
De Luís Maia (Campo Maior)
Filhos da madrugada foram aqueles que durante anos fizeram do contrabando uma forma de sustento para as suas vidas, carregando mochilas durante quilómetros, entregues à sorte e ao destino, sem saber o que lhes esperava cada vez que deixavam para trás o seu lar e a sua família.
Tudo começa com uma aventura de amigos que, como tantas outras crianças, estavam sedentos de descoberta, até o dia em que surge uma que acabará por marcar a sua infância e a suas vidas. Já adultos, uma nova descoberta traz à tona as memórias do passado. Uma história de contrabandistas que não têm outra alternativa para alimentar as suas famílias, apesar dos perigos da raia com a fuga dos refugiados no final da guerra civil de Espanha.
Em 1732, com o rebentamento do paiol e a vila arrasada, D. João V envia para Campo Maior 300 moedas de ouro, tendo apenas sido utilizadas 200, e um cofre com 100 fica bem guardado à espera de que o Rei visite a vila e as leve consigo. Essa visita não aconteceu e as moedas ficam escondidas durante 211 anos, até 1943, um ano depois das Monjas Concepcionistas regressarem a Campo Maior e iniciarem a recuperação do convento. É durante esta restauração que um manuscrito com a indicação do paradeiro do cofre chega às mãos destes contrabandistas.
Durante esta procura é feito um plano para ludibriar guardas, refugiados e vilões. Uma aventura onde surge uma história de amor, drama e muito suspense. Uma história que une a literatura ao património, escrita por um autor que ama a sua terra natal.
De Ethel D´Assa Castel-Branco (Elvas)
Laura era uma dessas mulheres sofridas que já havia vivido duas vidas numa só. Por isso, decidira, agora na meia-idade, aventurar-se num desconhecido longínquo em busca da felicidade e do amor. Consigo levava apenas bagagem de coração, para que as memórias do seu Alentejo com a planície a roçar o céu, ou do Tejo a beijar a baixa lisboeta, ou ainda do Atlântico a convidar ao sonho e à esperança, a envolvessem e embalassem nas horas de maior inquietude.
Sensível, romântica e crítica, Laura não queria mais ser cúmplice de um modo de vida vazio, feito de individualismo e passividade, de correria desenfreada para nenhures, apenas em troca de supérfluas materialidades.
Ousada e aventureira, dispõe-se a partir para a Índia, sob um apelo que há muito a habita e que parece vir dos confins da alma. Em Varanasi, Laura, pretende conciliar-se consigo própria, crescer espiritualmente e aceitar o que o destino coloca no seu caminho.
Sedenta de um sentido para a sua existência, marcada por desgostos e tragédias, persiste em não desistir de viver e em encontrar de novo o amor.